Por Marcus Oliveira- Kotaku
Testamos o novo Nintendo Wii U na Brasil Game Show, mas ainda não temos datas e nem preços confirmados para o Brasil.
O Wii U está em exposição na Brasil Game Show 2012, e eu finalmente pude colocar minhas mãos naquele controle-tablet bizarro e testar as ideias da Nintendo onde realmente interessa: nos jogos. Eu estava desconfiado dele, mas essa primeira jogatina mostrou que as coisas podem, sim, ser legais.
Eu entendia as possibilidades do console, mas não conseguia me convencer de que ele funcionaria fora do campo de distorção de realidade da Nintendo, em que todas as pessoas são bonitas, felizes e jogam videogame em família.
Logo de cara, fiquei impressionado com a ergonomia do controle. O que parecia um trambolho desconfortável se encaixou tão bem nas minhas mãos quanto um controle de Xbox 360. Não, eu não estou brincando.
Alcançar o botão B ainda é um tanto desconfortável, e demora um pouco para você se acostumar com os analógicos acima dos botões, mas em pouco tempo aquele híbrido de tablet com joystick se tornou confortável e natural de usar. “Por que não inventaram isso antes?”
A tela de toque não é capacitiva, como a do iPhone ou iPad (mais precisas), mas é difícil perceber a diferença. Os controles de toque funcionam muito bem, com os sensores de movimento mais precisos que eu já vi em um controle de videogame. Se o controle for usado para mais do que simplesmente mostrar mapas e menus, temos potencial para muitas coisas bacanas.
Rayman Legends
Esse potencial já está sendo muito bem usado em alguns jogos, como Wonderful 101 (Platinum Games, vídeo abaixo) e Rayman Legends (Ubisoft). Neles, a tela do controle torna-se parte essencial das mecânicas do jogo. Em Wonderful 101, você desenha na tela para transformar sua trupe de heróis em punhos, armas e espadas gigantes. Em Rayman Legends, você usa a tela de toque para facilitar a vida de quem está pulando pelas plataformas do jogo.
Divertido também foi girar o controle-tablet para girar o cenário na tela grande, permitindo o avanço da minha parceira de jogo. Os controles de toque e com movimentos são intuitivos o bastante para que aquele seu parente que nunca jogou videogames pegue rapidamente as manhas e jogue com você – trazendo um novo público para os videogames, como dita a ideologia da Nintendo.
Também tivemos a chance de testar as batalhas navais de Assassin’s Creed III, mas o queridinho da Ubi não teve a mesma graça que os outros jogos, justamente por subaproveitar o potencial do Wii U. A telinha do controle em no jogo é usada apenas para menus e mapas, quando poderia facilmente se transformar em um leme para o nosso navio de guerra e tornar a brincadeira muito mais divertida.
O jogo está lindo, cheio de detalhes incríveis, com batalhas navais divertidas de verdade, mas eu posso fazer isso em qualquer outra plataforma sem perdas. No Wii U, eu quero a oportunidade de curtir as possibilidades que aquele controle estranho traz. E assim, o estranho NintendoLand se torna muito mais interessante na plataforma do que Assassin’s Creed III.
Assim como o Wii, o Wii U provavelmente vai depender muito da empolgação e da criatividade dos desenvolvedores para prosperar. Seria triste depende de adaptações de jogos de outros consoles nesse novo console da Nintendo, porque há espaço para centenas de ideias interessantes e novidades bacanas aqui.
Confesso que, depois de finalmente experimentar o videogame, entendo melhor as intenções da Nintendo. São ideias boas, e eu realmente espero que o console não morra na praia entre o desinteresse das produtoras em inovar e a tradicional falta de traquejo da Nintendo com suas redes online.
O Nintendo Wii U chega aos Estados Unidos em 18 de novembro, por US$ 350 para o modelo Premium e US$ 300 para o modelo básico. Ainda não temos uma data oficial de lançamento nem preços para o Brasil.
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