sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Honda desenvolve primeira capa para smartphone com airbag de emergência

Embora ainda seja um pouco grande para colocar no bolso, capa com airbag passou nos primeiros testes da empresa japonesa


Se você não tem nada contra um volume extra no seu telefone, parece que a Honda criou a capa para smartphone com a qual Jeff Bezos andava sonhando. Ela garante que seu device vai sobreviver a qualquer queda. Na verdade, a impressão é que seu celular poderia sobreviver até a uma colisão de frente com um caminhão. Exagero? Não quando você precisa esperar dois anos para conseguir um celular novo através da sua operadora por causa do contrato.

Apple patenteia algo muito parecido com o Oculus Rift

De acordo com o projeto, o novo gadget traz um display para cada olho que podem se adaptar a usuários com problemas de visão


Se você é um gamer hardcore, já sabe que a revolução da próxima geração dos games será a realidade virtual liderada pelo Oculus Rift. Bom, a Apple também sabe disso e essa patente recente revela alguns esboços de um potencial óculos de realidade aumentada da marca.

Mostrando óculos 3D que se parecem com “óculos para esquiadores ou motociclistas”, a patente de 14.000 palavras se concentra mais na visão proporcionada do que em jogos ou em features parecidas com as do Google Glass (embora deixe espaço para ambas as coisas) e oferece uma tela pessoal com um display para cada olho, o que cria o efeito 3D.

Mas a parte mais emocionante da patente é a descrição do recurso que poderia melhorar a experiência de visualização para aqueles que têm problemas de visão: em vez de precisar apertar um par de óculos de grau por baixo do equipamento, a Apple descreve o conceito de uma técnica de processamento de dados que pode ajustar a imagem enviada para cada uma das lentes de modo a compensar os problemas de visão do usuário – um problema que até hoje não tinha sido resolvido pelos outros sistemas de display para óculos 3D.

Como sempre, na patente não há nenhuma indicação concreta de que o produto realmente será fabricado. Mas mostra que a Apple reconhece que displays ópticos são uma área de interesse para os consumidores de gadgets na qual a empresa deve ficar de olho. E se Apple tem sido acusada de ter se acomodado a glórias já estabelecidas, conceitos mais aventureiros como esse podem ser muito bem-vindos quando a bolha do iPhone estourar. Pelo menos é uma mudança em relação aos eternos rumores sobre o iWatch a iTV, certo?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Voltando ao passado de GTA: GTA Vice City

O próximo GTA chega no início de 2013 e enquanto ele não chega estamos relembrando os principais outros GTAs. Nessa semana vamos ver o segundo jogo da série Grand Theft Auto com gráficos em terceira dimensão.

GTA Vice City chegou a mundo em 29 de outubro de 2002 carregando muito neon e músicas dos anos 80 para nossas casas.

Inicialmente o jogo foi lançado apenas para PlayStation 2, porem em maio de 2003 chegou ao PC e no final de outubro do mesmo ano ao Xbox.
O jogo se passa em Vice City, que é uma cópia de Miami, em 1986. A cidade mostra bem o espírito americano dos anos 80, com muito neon, roupas justas, muito couro e estampas de onça.
As ruas são repletas de esportivos com cores marcantes em meio a largas avenidas com palmeiras imperiais e praias gigantescas.

O protagonista de GTA Vice City é Tommy Vercetti, um membro da máfia de Liberty City. No início do jogo ele acaba de ser libertado da prisão e seu chefe, Sonny Forelli, teme que Tommy chame muita atenção em Liberty City. Com isso ele promove Tommy e o envia para Vice City para trabalhar com os negócios de cocaína.
Logo ao chegar em Vice City, Tommy é roubado durante um negócio relacionado a cocaína. Quando Tommy avisa seu chefe do roubo ele é ameaçado por ele, dizendo que ele estaria enganando a máfia.
Para escapar dos problemas Tommy decide descobrir quem roubou as drogas e o dinheiro. Ele começa a grande busca através do advogado da máfia, Ken Rosenberg. Com a ajuda de Ken, Tommy consegue entrar em contato com um traficante de nível médio chamado Juan Garcia Cortez e sua filha Mercedes Cortez.
Cortez ajuda Tommy a investigar o roubo. Enquanto a investigação acontece, Tommy é apresentado a Lance Vance, que busca vingança pela morte de seu irmão no mesmo roubo.
Conforme o tempo passa Tommy se torna amigo de Cortez e Lance. Em um trabalho para eles, Tommy salva a vida do grande chefão das drogas de Vice City, Ricardo Diaz. Após esse momento Tommy passa a trabalhar também para Diaz. Após alguns trabalhos para Diaz a investigação de Cortez indica um envolvimento de Diaz no roubo.
Tommy decide iniciar uma guerra contra Diaz e acaba o matando, antes disso Cortez é obrigado a fugir em seu barco para evitar ser preso.

Para controlar o negócio da cocaína, Tommy se une aos grupos criminosos cubanos de Umberto Robina contra os haitianos
Tommy se torna o grande chefão da cocaína em Vice City com a ajuda de Lance e outros contatos que reuniu durante sua missão.
Com o controle de Vice City, Tommy decide expandir sua influência sobre a cidade. Ele compra diversos locais, como um clube de striptease, uma empresa de taxis, lojas de carros e até uma indústria de filmes pornográficos.
Com o tempo seu antigo chefe descobre que Tommy estava ganhando muito em Vice City e não estava enviando dinheiro suficiente para ele. Logo parte da máfia decide ir até Vice City cobrar Tommy. Tommy tenta paga-los com dinheiro falso, porém Lance o trai e conta para os mafiosos do plano.
No início da missão final, Tommy mata Lance e depois luta contra vários membros da máfia, inclusive seu antigo chefe. No fim da batalha Tommy Vercetti se torna o definitivo grande chefão de Vice City.

Em GTA Vice o jogador pode comprar casas, onde o jogo é salvo, e também os empreendimentos que fazem parte da história do jogo.

Vice City foi o primeiro jogo da série GTA em três dimensões a ter motos como veículos. O jogo tem um total de 114 veículos, incluindo um hidroavião.
Era possível também fazer missões secundárias como entregar pizzas, dirigir uma ambulância, apagar incêndios, ser taxista, motorista de ônibus e até perseguir criminosos usando carros de polícia.
A trilha sonora incluía o melhor dos anos 80 em diversos estilos, como rock, rap e pop. O jogo inclusive tinha uma banda fictícia e com músicas completas. O CD com as músicas do jogo foi um sucesso de vendas
GTA Vice City foi escolhido melhor jogo do ano para PS2 em 2002 pela IGN e pelo GameSpot. O Metascore (média das notas dos críticos, feito pelo Metacritic) é 95 de 100 pontos possíveis.
O jogo fez 10 anos em 2012 e vai ganhar versões para iOS e Android em 6 de dezembro de 2012.





terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mists of Pandaria mostra os sinais de idade de World of Warcraft

O jogo não avançou enquanto seus concorrentes apresentavam novos recursos.

(Kate Cox- Kotaku) Hoje eu acordei mais cedo e peguei minha recém-chegada edição de World of Warcraft para começar a jogar com minha nova Pandaren. Eu continuo não gostando do estilo de arte do WoW – eu nunca gostei, é uma preferência pessoal – mas tive de admitir que os tons de azul vivo na maria-chiquinha da minha panda eram muito fofos. Mesmo eu não gostando do jeito que ela corria, eu ainda podia observar a linda paisagem enquanto ela esfaqueava as coisas que apareciam em seu caminho. O jogo começou bem, ainda que um pouco devagar.

Depois de meia hora de jogo, eu cometi o meu primeiro erro: tentei jogar uma adaga enquanto corria em direção ao meu alvo. Uma mensagem de erro apareceu no topo da tela, lembrando que eu não poderia atirar uma adaga em movimento. Eu parei, e lancei a adaga novamente, esperando para que o alvo corresse até o alcance das minhas outras armas de combate.

Meu segundo erro foi tentar esquivar dos chutes de um fantasma de monge Pandaren. Eu corria em círculos, parecendo uma idiota tentando me esquivar dos golpes, mas não é possível evitar ataques quando você está marcado como alvo. Eu não conseguia me esquivar ou rolar, e, mais uma vez, não podia atacar em movimento.


Meu terceiro erro aconteceu enquanto eu estava mexendo em minhas novas armas e armaduras no inventário. Eu esperava desesperadamente por um balãozinho flutuante comparando os equipamentos atuais com os que eu havia acabado de adquirir, mas nada aconteceu.

Depois de uma hora de jogo e uma santa xícara de café, eu cheguei à conclusão de que esses pequenos erros que eu insistia em cometer e as previsões que eu tentava fazer sobre o comportamento do jogo aconteceram porque tenho jogado Guld Wars 2 no último mês, além de outros MMORPGs mais novos, como o The Secret World.

World of Warcraft não funciona como Guild Wars 2. Ele se comporta exatamente como World of Warcraft. Se não fosse em um horário tão vazio, eu provavelmente teria sacaneado algum outro usuário, roubando alguma kill ou item sem querer. Não por malícia, mas por falta de prática. Os novos jogos me ensinaram que devo correr para ajudar em vez de esperar a minha vez.


O que percebi de Mists of Pandaria com esta minha primeira e rápida experiência foi que, mesmo com os conteúdos mais novos, World of Warcraft continua o mesmo de sempre – é um produto de seu tempo, mas que agora parece arcaico. WoW não inventou os MMORPGs, mas, quando foi lançado em 2004, ele melhorou tanto o gênero que se tornou sucesso gigantesco. Desde então, muitos MMORPGs têm sido acusados de copiar o jogo da Blizzard.

Para alguém que nunca tenha jogado World of Warcraft, as pequenas mudanças no gênero e na indústria demonstram uma verdadeira evolução nos últimos oito anos e destacam quão vazia essa acusação de plágio se tornou. O combate estático de WoW foi substituído por combates dinâmicos e movimentos mais fluidos nos jogos mais novos.


Táticas individualistas e baseadas em clãs para evoluir o mais rápido possível em um jogo online foram substituídas por um senso maior de espaço e participação em Guild Wars 2. Cem jogadores poderiam ficar na mesma área em Pandaria e, ainda assim, ninguém se importaria com nada além da própria lista de quests. Se eu presto atenção em outros jogadores, é porque na verdade eles estão sendo um obstáculo. O jogo não oferece nenhum mecanismo de ajuda verdadeira entre os jogadores, pelo menos nos níveis iniciais.

Eu posso sair do caminho manjado das trilhas de Pandaria se eu quiser, mas não teria porquê fazê-lo. Eu não encontraria nenhum ponto de observação de um bela paisagem (vide Guild Wars 2) ou artigos colecionáveis escondidos por aí. Sair da estrada em WoW não significa achar uma aventura nova e empolgante - só significa que terei de achar uma maneira para voltar para a estrada principal.

Depois de um mês em Guild Wars 2, eu entrei em Mists of Pandaria e me senti em uma máquina do tempo que mostra o quanto o gênero MMORPG já evoluiu – e como as inovações de World of Warcraft que antes arrasavam agora só… estão lá. O Rei dos jogos online agora está velho ao ponto em que poderia parar e aprender uma coisa ou outra com seus irmãos mais novos.

Guild Wars 2 e League of Legends: os novos rivais de World of Warcraft

Será que os dois novos fenômenos online podem ameaçar o MMORPG mais popular do mundo?

World of Warcraft é o RPG online mais jogado no mundo há muitos anos, mas ele vem perdendo assinantes rapidamente. Desde maio de 2012, por exemplo, o jogo da Blizzard teve queda de 1 milhão de jogadores.

Enquanto isso, surgiram dois outros grandes nomes no cenário de jogos online que podem aumentar a concorrência com o MMORPG da Blizzard.

League of Legends não é exatamente o mesmo gênero de WoW, já que é focado em batalhas de arena, mas já conquistou jogadores amadores e profisisonais no mundo todo, e ganhou até uma versão em português no Brasil.

Já Guild Wars 2 é um MMORPG tradicional, aos moldes de WoW, mas com algumas diferenças fundamentais. A principal delas? Você não paga mensalidade para jogar, basta comprar o jogo.

Vamos conhecer um pouco de cada um destes jogos.
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Nome: World of Warcraft

Gênero: MMORPG

Produtora: Blizzard Entertainment


História: Lançado em novembro de 2004, World of Warcraft demorou cinco anos para ficar pronto, incluindo um longo período de testes. Seu sucesso deu-se principalmente porque o jogo se separou do sistema de outros MMORPGs, que seguiam a escola do RPG japonês. WoW optou por um sistema amplamente utilizado nas Américas baseado em Dungeons & Dragons, com isso conseguiu atrair os jogadores americanos. O jogo cresceu rapidamente e conquistou outros continentes, chegou ao Brasil em dezembro de 2011, com as três primeiras expansões traduzidas, incluindo legendas e dublagem. O jogo apresenta quatro expansões, a mais atual, Mists of Pandaria, tem o objetivo de recuperar os jogadores perdidos ao longo dos anos.

Atrativos:

Massivo - World of Warcraft é simplesmente enorme, gigantesco e monstruoso. O jogo original é dividido em dois continentes (!!!), e as expansões trazem algumas novas áreas para explorar.

Realista – Em 2005 uma praga contaminou várias cidades do jogo. Como a doença era passada de um personagem para o outro, locais com alta densidade foram completamente tomados pela doença, sem que os criadores do jogo tivessem controle sobre isso. Foi uma simulação acidental que provou a riqueza do universo do jogo.

Variado – Com quatro expansões e mais o jogo original, é de se imaginar que as possibilidades sejam enormes. Você pode ser um panda, um humano, um gnomo e vários outros. Além da raça, você ainda tem diversas classes para explorar, sem contar toda a infinidade de equipamentos e itens do jogo.

Social – World of Warcraft é mais divertido (e mais fácil) se jogado em grupo. Com sistemas de formação de grupos e até guildas, o jogo estimula os jogadores a colaborarem para atingir objetivos mais complexos. Também está presente um modo de jogador contra jogador, muito útil para resolver disputas.

Épico – O tamanho, a variedade, a realidade e as interações do jogo fazem dele uma experiência épica. Você tem muito o que fazer, e muitas vezes vai encontra-se extremamente empolgado com o jogo.
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Nome: Guild Wars 2

Gênero: MMORPG

Produtora: ArenaNet


História: Lançado no final de agosto de 2012, o jogo teve um crescimento bombástico, vendendo mais de dois milhões de cópias em duas semanas. Os servidores também ficaram lotados, com picos de mais de 400.000 jogadores simultâneos. Guild Wars 2 é concorrente direto de World of Warcraft, e em diversos testes obteve notas muito altas. Entre os principais destaques estão a fluidez de combate e a beleza gráfica do jogo.

Atrativos:

Beleza – Guild Wars 2 tem gráficos ótimos, principalmente se comparado ao veterano World of Warcraft. Ele tem ambientes detalhados e bem diversificados e cenários incríveis. As diferenças raças e classes de personagens também receberam um tratamento visual bacana.

Eventos – O jogo apresenta diversos eventos aleatórios. Eles ocorrem em determinadas áreas, e permitem que você participe de certas tarefas com as pessoas próximas. Esse recurso é interessante principalmente porque amplia ainda mais a variedade de tarefas e interações sociais.

Fluidez – Diferente da grande maioria de MMORPGs, o jogo apresenta um sistema de combate e movimento bem fluido e estiloso, o que permite a criação de diversas táticas diferentes.

Exploração – O jogo faz com que o jogador explore o ambiente para conseguir progredir, e isso é fantástico. Você tem pontos de interesse para descobrir, por exemplo, e ganha pontos de experiência a cada nova área que descobre. Essa evolução é constantemente marcada numa espécie de 'placar' para cada nova região que o jogador visita.

Assinatura – O jogo NÃO tem assinatura mensal, o que é incrível para um MMORPG desse porte. Basta comprar o jogo, através do site oficial, fazer o download e começar a jogar. World of Warcraft, por outro lado, cobra uma mensalidade de R$ 15.

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Nome: League of Legends

Gênero: MOBA (Batalha de Arena Multi-jogador Online)

Produtora: Riot Games


História: League of Legends foi lançado em outubro de 2009, e é o maior representante atual dos MOBA (jogos de combate online em arenas). O jogo funciona com dois times, de 3 pessoas ou 5 pessoas em cada, e o objetivo é destruir a base inimiga. Para isso você deve atacar diversos monstros e os jogadores do time adversário. Ele foi o jogo mais jogado no mundo entre julho de 2011 e junho de 2012, com mais de 1,2 bilhão de horas jogadas apenas nos EUA e Europa - mais que o dobro de horas do 2º lugar, World of Warcraft. Ele não é um rival direto de WoW por gênero, mas pode estar roubando alguns jogadores que se dedicam a jogos online.

Atrativos:

Gente – Com mais de meio milhão de jogadores online nos horários de pico, você nunca precisa esperar muito para encontrar com quem jogar, sejam iniciantes ou profissionais. Também fica fácil de organizar um grupo de amigos para evoluir juntos.

Variado – O jogo tem muitos heróis diferentes, cada um com habilidades específicas. Em setembro de 2012 estavam disponíveis 104 personagens diferentes. Ou seja: sempre uma boa opção que combine melhor com o seu jeito de jogar.

Focado – Diferente de MMORPGs como World of Warcraft e Guild Wars 2, League of Legends é um MOBA, gênero focado nas batalhas. Assim você pode se dedicar à parte estratégica e de ação, sem se preocupar muito com história ou missões.

Acessível - Além de estar disponível em português do Brasil, tanto em legendas quanto em dublagem, o jogo é grátis. Então basta fazer o download, criar sua conta e sair jogando. É possível comprar itens adicionais, mas isso não é uma regra.

Justo – Jogos online podem virar uma bagunça, mas o sistema de moderação de LoL ocorre por meio de um sistema democrático, que facilita a tarefa de decidir o destino dos jogadores problemáticos. As partidas também são organizadas a partir de um sistema de equilíbrio para garantir que tudo seja o mais justo possível.


Bertrand Chaverot explica os truques da Ubisoft no Brasil para 2013

Entrevista com o Diretor da América Latina da Ubisoft, Bertrand Chaverot.

Bertrand Chaverot deve ter uma moral muito grande com seus chefes franceses da Ubisoft, mas não é a toa. Segundo o diretor da América Latina, a Ubi se tornou a maior publisher de games no Brasil e a sua atitude agressiva de marketing (e sua grande sorte de os brasileiros se amarrarem em Assassin’s Creed) são grandes responsáveis pelo sucesso dos criadores de Rayman e Just Dance.

O estande da Ubisoft no Brasil Game Show nesse último fim de semana (12) era modesto, mas estava sempre bombando. A empresa resolveu focar em Just Dance 4, que repetiu a exaustão todo o catálogo do circuito pop dançante das rádios no seu palco, e a franquia Assassin’s Creed, que, infelizmente, tinha apenas uma unidade da tão esperada demo de AC3.

Encontrei com o Bertrand no meio da correria da feira e entramos na salinha de vidro da Ubisoft para conversar sobre a privilegiada posição da empresa no mercado brasileiro no momento. Enquanto rolava a entrevista, Philippe Ducharme, produtor de Assassin’s Creed III estava dando autógrafos em frente a um telão hipnótico onde as pessoas testavam o novo jogo da série.

Todo mundo fazia muito barulho mas Bertrand, tranquilo, apenas ria.

Kotaku: Oi, Bertrand! Tudo certo? Muita correria?

Bertrand Chaverot: Muita energia positiva! É muito bom ver todas as pessoas aqui. 100 mil num evento só de videogames é algo histórico.

Como está sendo a feira pra Ubisoft? O público está respondendo como vocês esperavam?

Temos uma presença muito focada em Assassin’s Creed III e Just Dance 4. A Ubisoft tem a sorte de ter jogos casuais e jogos para gamers. Nos dois seguimentos temos jogos extremamente simpáticos pra esse ano. O AC3 é o maior projeto já feito da Ubisoft: 500 pessoas e sete estúdios trabalhando no jogo durante três anos. E o game ficou muito bom! (risos)

No segmento casual, o Just Dance 4 é o jogo mais vendido para as famílias e que volta agora para todas as plataformas. É o único jogo de dança para quatro pessoas ao mesmo tempo. O Dance Central, da Harmonix e EA, é só para duas pessoas. O nosso é mais divertido, mais vendido – temos 70% de mercado nessa categoria que criamos – e isso nos permite ter as melhores músicas também. Chegamos com Maroon 5, One Direction e Rihanna.

Vocês tem 1,2 milhão de pessoas na sua página do Facebook. É a maior página da Ubisoft do mundo. Como vocês alcançaram esses números? Qual foi a estratégia de vocês?

Transparência, honestidade e humor. E dinheiro, publicidade. Por exemplo: aqui na feira, temos um estande pequeno para Assassin’s Creed e Just Dance, mas está lotado e interessante. O dinheiro que a gente economizou aqui vou colocar em publicidade na Globo e no Facebook.

Aqui na feira tem muita gente com estande gigante, mas que quase não tem jogo para mostrar. É aquele lance de homem com carro grande e pinto pequeno. (risos)

Investimos muito nesses dois jogos, mas além deles, temos um portfólio fantástico para 2013. É a primeira vez que temos um catálogo tão rico. Também temos o Just Dance Disney, que deve vir depois do Just Dance 4. Fizemos uma campanha fantástica na Rádio Disney, na TV Disney e nas revistas da marca. Tem uma presença muito forte aqui de figuras como Hannah Montana, Selena Gomez e todos os filmes da Disney.

Temos também o jogo d’Os Vingadores, da Marvel; depois, o Far Cry 3; temos o Hip-Hop Experience, um jogo de dança com mais músicas R&B e rap. E ainda temos todos os lançamentos do Wii U. A Ubisoft sempre apostou em novo consoles, tanto que somos a companhia que tem mais jogos para o Wii U. Temos oito jogos, mais que a Nintendo! (risos)


Na última vez que nos encontramos, você mencionou que Rayman Origins teria uma continuação e agora estamos aqui com o Rayman Legends. O Origins tinha uma preço bem competitivo de lançamento, a menos de R$ 100. Vocês vão manter a mesma atitude agressiva de vendas para o Legends?

Ano passado, quando começamos essa campanha, eu fiz um teste com o Rayman aqui no Brasil. Era R$ 99, ou US$ 50, que é um preço menor que o do resto do mundo. Foi muito importante essa estratégia para mostrar que era possível ser agressivo no mercado brasileiro. Isso foi muito bom para a imagem da Ubisoft, para mostrar que somos pro-ativos e temos vontade de batalhar pelos preços.

Nesse ano, o dólar está valendo R$ 2 e o euro, R$ 4. Agora vai ser difícil manter esse mesmo nível de preço. Mas continuamos com os preços já previstos: AC3 deve chegar a R$ 169, Far Cry 3, se o dólar não subir ainda mais, quero lançar a R$ 149.

Esses preços valem para o Wii U também?

O Wii U ainda não sabemos. Acho que vai ser um pouco mais caro, por conta da oferta e do amortecimento do baixo volume de vendas do console no começo. Mas, no máximo, será R$ 179.

Uma pesquisa recente da consultoria PricewaterhouseCoopers diz que o Brasil é hoje o quarto maior mercado de games do mundo. Vocês sentiram esse mesmo crescimento do mercado?

Isso está um pouco exagerado. Para o mercado de console, somos o sétimo. Esse ano temos 3,5 milhões de consoles e ano passado tínhamos 1,2 milhão. Estamos crescendo muito bem. No fim desse ano, devemos chegar a 4,5 ou talvez 5 milhões de consoles. Então, devemos chegar rapidamente nos primeiros colocados do mundo.

Mas depois disso, para crescer ainda mais, vamos depender muito dos impostos. Se os impostos permanecerem a 50%, 60%, não vai dar para atingir o tal “mercado de massa” de que tanto falamos. Esse é o desafio.

Outra pesquisa feita em paralelo pelo grupo Gfk, aponta que o Xbox 360 domina 65% do mercado formal brasileiro. Esse número também se reflete nas vendas da Ubi? Qual é o console mais importante para a Ubisoft nesse momento no Brasil?

Sim, sim. Antes vendíamos muito mais jogos para o PS3, como o [Assassin's Creed] Brotherhood, que vendeu três vezes mais no PlayStation 3 do que no Xbox 360. Já o Revelation vendeu 60% no PS3 e 40% no 360 no ano passado. Esse ano, o AC3 deve vender de igual para igual nos dois consoles, um para um.

Mas não temos preferência de console, trabalhamos nos adaptando para cada caso. Nós esperamos que a Sony acorde e comece a montar o PlayStation 3 aqui no Brasil também, porque senão eles vão sumir. Esperamos também que a Nintendo faça um bom lançamento do Wii U por aqui, com um bom preço, porque temos jogos muito bons e é uma máquina interessante com a tablet. Espero que não seja difícil.

A Ubisoft está realmente apostando pesado no Wii U…

Não é que estamos apostando pesado. É uma nova máquina e a Ubisoft sempre apostou em novos sistemas. Sabemos que é um desafio. Ano que vem esperamos ver se a Sony e a Microsoft tem algo para anunciar também.

Qual jogo vocês vão focar mais no Wii U? Tem algum game que será a bandeira da Ubisoft no novo console?

O Assassin’s Creed III e o Zombie U. Em termos de volume, esses dois. E o Just Dance 4 também. As vendas na América do Sul já estão explodindo, esse ano vamos… como se diz quando você vai bater forte no adversário?

Dar um couro?

Isso, vamos dar um couro na concorrência, no Dance Central. Esse é o nosso objetivo com o jogo de dança. É o único para quatro jogadores e temos um marketing muito forte, vocês vão ver passando na TV Globo. Nossos 1,2 milhão de fãs estão apoiando muito, tem vários flashmobs que eles estão programando para o lançamento o jogo.

Ano passado vendemos 40 mil e esse ano vamos passar dos 100 mil. Just Dance é muito divertido. Ano que vem, teremos o Just Dance 5 e estamos brigando com os estúdios da Ubisoft lá fora para trazer músicas brasileiras e latinas para as versões da América do Sul. Isso é o mais importante.

Olha para uma feira como essa, com 100 mil pessoas, com uma base instalada de cinco milhões, 300 mil unidades da franquia Assissin’s Creed já foram vendidas aqui no Brasil, tudo isso mostra o tamanho e como é importante produzir conteúdo para o mercado sul-americano. Videogame é cultura e cultura é conteúdo local também. Tem que ter.

Walking Dead vai sair também em disco (e com edição especial)

Jogo ganha versão com mídia física e edição especial que vem com livro com mais de mil páginas.

Os adventures de The Walking Dead (oficialmente Os Mortos Vivos, por aqui) da Telltale são muito bons. Mas se você não conseguiu joga-los até agora, esta nova edição bacana é a sua nova oportunidade de ouro.

Se você quiser só os cinco episódios da primeira temporada do game em formato de disco, a edição normal sai por US$ 29,99, para Xbox 360 e PlayStation 3. Mas se o seu amor por zumbis vai além, há também a Walking Dead Collector’s Edition, que sai por US$ 69,99 e tem, além do jogo, um encadernado com as primeiras 48 edições do quadrinho original. Isso dá mais de mil páginas de pura alegria putrefata.

Quatro episódios da série foram lançados até agora, e a previsão é que o quinto saia em dezembro. Infelizmente os amigos do PC vão ficar de fora nestas edições em disco, que saem também no fim do ano.