segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Você pode estar vivendo em um PlayStation 7: palavras de um cientista
Matematicamente, é possível que toda a nossa realidade hoje não passe de uma simulação.
Em uma entrevista na Vice, o físico Rich Terrile diz que talvez já estejamos vivendo num futuro macabro: matematicamente, é possível que toda a nossa realidade hoje não passe de uma simulação dentro de um PlayStation 7. Algo como um The Sims muito do futuro.
Então todas aquelas viagens e teorias que nossas versões adolescentes criaram depois de assistir a Matrix em 1999 não eram tão improváveis assim? Bom saber. Segundo Rich, isso seria possível porque, no futuro, a tecnologia vai ser tão avançada, que computadores poderão simular vidas completas. Nas palavras dele:
"Em 30 anos, teremos um novo PlayStation… que será capaz de computar 10.000 vidas humanas simultaneamente em tempo real, ou aproximadadmente uma vida inteira dentro de uma hora."
"Quantos PlayStations temos em todo o mundo? Mais de 100 milhões, certamente. Então, imagine 100 milhões de consoles, cada um com 10.000 humanos. Isso significa que, dentro desse período, conceitualmente, é possível que tenhamos mais pessoas vivendo dentro de um PlayStation do que pessoas vivendo na Terra hoje em dia."
Antes que o mais espertinho da turma saque um “Essa cara manja dos lançamentos da Sony daqui a 30 anos?! Contrata ele para o Kotaku!”, vamos entender que 1) o termo “PlayStation” ali está sendo usado em termos comparativos, mais para ilustrar o conceito de videogame e 2) Terrile está se baseando em uma outra teoria, a Lei de Moore, que diz que o poder de computação das máquinas duplica, aproximadamente, a cada dois anos. Hoje, um supercomputador da NASA tem o dobro da capacidade de um cérebro humano e, em menos de uma década, esse computador poderá calcular toda uma vida humana de 80 anos, incluindo cada pensamento que essa pessoa tiver em toda a sua vida, no período de apenas um mês.
No maravilhoso mundo da ciência, se é possível com números, é possível na vida real – o que, na prática, significa que podemos estar vivendo dentro de uma partida sendo conduzida por um gordinho suado dentro do seu Xbox 2160. Que vida, hein, ciência?
“Supomos o seguinte: como não sabemos que já estamos há 30 anos no futuro e não fazemos parte de uma dessas simulações?”, diz Terrile. O cientista vai mais a fundo na ideia usando GTA IV como exemplo.
"O mundo natural se comporta exatamente como o cenário de Grand Theft Auto IV. No jogo, você pode explorar Liberty City de forma livre e em grande detalhe. Fiz alguns cálculos de como essa cidade é grande, e descobri que é uma milhão de vezes o tamanho do meu PlayStation 3. Em Liberty City, você só observa exatamente o que precisa ver no momento em que precisa ver, abreviando todo o resto do jogo [cenários, personagens, transeuntes burros] dentro do console. O universo se comporta da mesma maneira. Em mecânica quântica, as partículas não têm um estado definido a menos que sejam observadas. Muitos teóricos passaram um tempão tentando descobrir uma resposta para isso. Uma explicação é que estejamos já vivendo dentro de uma simulação, vendo apenas o que precisamos ver no momento em que precisamos ver."
A ciência pode ser algo assustador, mas também é bem empolgante. Se de fato moramos dentro de um lance meio Matrix, significa que pode existir um Neo. Uou! Todos os desejos adolescentes estão voltando pelo meu córtex cerebral (ou, pelo menos, é isso que as máquinas dizem). Alguém conhece alguma escola de kung-fu? Ou onde conseguir óculos escuros dos anos 90?
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